A cerca de dois anos para as eleições de 2026, o clima na base petista baiana já apresenta uma certa tensão. Depois do senador Jaques Wagner (PT) declarar que, se a eleição fosse hoje, apenas os nomes dele e do governador Jerônimo Rodrigues (PT) estariam garantidos como postulantes à reeleição, o acirramento do grupo pode ser potencializado. Isso porque o ex-governador e ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), pode rifar o atual gestor do estado do próximo pleito estadual. A informação foi divulgada na coluna da jornalista Andreza Matais, no Uol.
Segundo a jornalista, Rui Costa trabalha para voltar ao governo da Bahia em 2026. Em paralelo, o ex-governador da Bahia e o ministro do Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estariam ocupados com o plano de enfraquecer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), nome mais forte para concorrer à Presidência, caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida não disputar a reeleição.
Haddad estaria ameaçando os planos da dupla (Rui Costa e Silveira) para a Petrobras. Ainda conforme a coluna, o que tem circulado em Brasília é que o ex-senador Jean Paul Prates, que foi retirado da presidência da empresa petroleira, teria oferecido apoio a Haddad para as eleições de 2026. Enquanto Rui trabalha para voltar ao governo da Bahia, Silveira se organiza para se eleger governador de Minas Gerais.
No início de março, em entrevista à rádio Piatã FM, Rui Costa declarou que pretende “submeter seu nome” para a majoritária da próxima eleição geral, mas não deixou claro se deseja ser candidato a governador ou ao Senado. Após o comentário do aliado, Jerônimo Rodrigues chegou a afirmar que seu antecessor tinha uma “missão muito grande”, que é de ajudar o presidente Lula a governar o país.
Procurada pelo CORREIO para comentar a informação da colunista Andreza Matais, a assessoria de Rui Costa não respondeu até a publicação desta matéria.
Embora a eleição municipal deste ano seja o foco de muitos partidos, os integrantes da base petista no estado já estão com ânimos à flor da pele em função do próximo pleito estadual. Em 2026, apenas quatro vagas para no mínimo cinco pré-candidatos estarão disponíveis. Além de garantir apenas o próprio nome e o de Jerônimo na disputa, Wagner afirmou que o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) está com futuro político indefinido, já que é pré-candidato a prefeito de Salvador no pleito deste ano.
O nome do senador Ângelo Coronel (PSD), que já manifestou publicamente o desejo de disputar a recondução, não foi citado por Wagner. Para o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e aliado de Coronel, Adolfo Menezes (PSD), o senador do PT não quis rifar Coronel da chapa ao não citar o correligionário.
“Ele disse que está certo Jerônimo e ele, o que não significa que rompeu. Não rifou ninguém. É uma forma de falar. Até porque, ele (Wagner) não pode fechar uma chapa faltando tanto tempo ainda. Ainda tem uma eleição municipal pela frente”, minimizou Menezes.
Fonte:Correio da Bahia